09 novembro 2011

Portugal, país de tanga fantasticamente deprimente

Somos realmente um país fantástico... Fantasticamente deprimente.
Vivemos a cima das nossas possibilidades, somos vistos como mau pagadores, temos mais ladrões à solta do que na prisão, a justiça é lenta tarda e falha, e um cem numero de coisas mais que nem me dou ao trabalho de escrever, pois só iria maçar quem lê, mas sobretudo iria maçar-me ainda mais do que já estou.
Para que não me acusem de estar sempre a "dar paulada" na crise, hoje o assunto será outro.
Vamos lá então falar de Justiça. Não daquela justiça em que se questiona se é justo eu ganhar mais, ou ganhar menos, se é justo ter dois carros quando há gente que nem um tem, etc, etc, etc...
Falo mesmo é da justiça que teima em ser cega, muito cega mesmo mas, que de justa não tem nada.
Senão vejamos um simples exemplos.
- Tenho uma casa para alugar. Para não "fugir" aos impostos a que sou obrigado a pagar (e bem) e para não ter problemas no futuro com os inquilinos, celebro um contrato todo "xpto", pago a um notário, comprometo-me a fazer as reparações necessárias que forem aparecendo, faço manutenção da casa em si, pois sou obrigado (e uma vez mais, bem), passo recibos aos inquilinos, tudo direitinho e bonitinho como toda a gente gosta. Fico satisfeito, o inquilino fica satisfeito, o Estado fica satisfeito.
Mas eis que a páginas tantas o inquilino deixa de pagar a renda. Que faço eu? Socorro-me do meu contrato, procuro um advogado, pago a consulta e oiço atentamente as explicações dele e tentamos chegar a algum lado.
Primeiro que tudo não posso "despejar" o inquilino de uma hora para a outra. Primeiro tenho que ficar 3 meses sem receber o pagamento da renda, quando no contrato está escrito que, "o não pagamento pontual da renda por parte do inquilino dá o direito ao proprietário de resolver o presente contrato".
Pelos visto esta clausula fica "bonitinha" em qualquer contrato e ajuda a encher a folha A4 mas na realidade nada serve.
Depois de ficar 3 longos meses sem receber, posso então por um processo de "acção de despejo". Lá vão mais uns quantos euros para o advogado, pois de cada vez que se lá vai, ficamos com a sensação que eles têm sempre o taxímetro ligado e andam às voltas na cidade em plena hora de ponta.
Depois de posta a dita acção de despejo, esperamos e desesperamos pelo tempo que leva o processo. Lá terá de ir um oficial de justiça entregar a notificação ao inquilino e mais umas cem voltas que têm de ser dadas para ser tudo legal e diplomaticamente tratado.
Conclusão:
Tanto podemos ficar com alguém num prédio nosso, sem pagar, durante 1 ou 2 anos, ou até mais, dependendo sempre da "velocidade" da justiça.
E porquê? Porque fomos "certinhos" e sobretudo sérios com todas as partes mas, ficamos com a sensação que fomos os únicos a ser sérios. Pois o inquilino não foi porque não pagou. O Estado não o é porque, pelos vistos as sua leis e clausulas não são para serem respeitadas.
Ou seja, sérios somos nós, que para além de confiar um bem nosso a alguém, ainda pagamos impostos a um Estado que quando precisamos dele, esse mesmo Estado desaparece, e transforma-nos em sucursal da Santa Casa da Misericordiosa.
Somos ou não somos um país de tanga fantasticamente deprimente?

16 setembro 2011

Férias!!!

Para além de ser sexta-feira, pausa habitual no trabalho, esta sexta tem um sabor especial...


Acho que não é preciso dizer mais nada...
:)

24 agosto 2011

Festival Azure 2011


O Festival Azure é um evento multicultural que ocorre anualmente na ilha Terceira, na Zona de Lazer de S. Brás – concelho da Praia da Vitória – sendo este um dos espaços mais convidativos para o lazer, o relaxamento e em perfeita harmonia com a natureza. Para mais informações clique na imagem.

01 agosto 2011

Ricardo Moura quer solidificar liderança na Madeira

Depois de uma jornada açoriana praticamente perfeita, a ARC Sport volta a lutar pela vitória no Campeonato de Portugal de Ralis, assumindo-se como favorita para a edição deste ano do Rali Vinho da Madeira.

Após um domínio perfeito no seu território, o Campeão Nacional de Produção e actual líder absoluto do campeonato, vai tentar aumentar distâncias, agora no selectivo asfalto da ilha da Madeira. Ricardo Moura que volta a ter a companhia de António Costa como navegador sabe que o Rali Vinho da Madeira poderá ser uma prova essencial para os seus objectivos.

Este foi um rali que nos trouxe grandes alegrias, quando na época passada aqui conquistámos o título de campeões nacionais de Grupo N. Este ano nada ficará decidido, mas atribuímos grande importância ao Rali Vinho Madeira, por ser uma prova insular com grande protagonismo para os nossos patrocinadores. É um rali de transição para o asfalto, depois de três provas consecutivas em terra, onde os nossos adversários se vão apresentar ao melhor nível. Estamos preparados para efectuar uma prova em pleno, representando condignamente os Açores e todos os nossos patrocinadores”, afirma, confiante, Ricardo Moura.

A edição deste ano do Rali Vinho da Madeira disputa-se entre 4 e 6 de Agosto, com a ARC Sport a chegar ao Funchal como líder do Campeonato de Portugal de Ralis em termos absolutos e também no Agrupamento de Produção.

Texto: Fórmula Rali / Baía da Salga

25 julho 2011

Notas emprestadas pelo FMI

Já andam a circular à aproximadamente um mês... A ideia é engraçada, irreverente, mas acima de tudo é uma forma de lembrar, que o dinheiro que veio do FMI lá terá de ser pago um dia.
Pode não ser já, pode não ser para o ano, mas um dia será.

Por isso meus amigos, não vale a pena estarmos com a ideia que daqui para a frente vai ser diferente e que voltaremos a um país "rico e abundante" que nos fizeram acreditar que tínhamos, quando na realidade estávamos e estamos mais parecidos com um cesto roto.
Agora imaginem que isto cai em moda... Já imaginaram o Joaquim ir ao café com uma nota de 10 que tenha lá escrito:
"Nota emprestada pelo José. Favor devolver."
Lá que se ia acabar com muitos maus hábitos, lá isso ia-se...

24 maio 2011

Receita de tabaco cai 164,1 milhões

A retracção no consumo está a fazer o Estado perder mais de um milhão de euros por dia. Acordo com a troika prevê subida do imposto sobre tabaco.
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O Estado perdeu 1,3 milhões de euros por dia, entre Janeiro e Abril deste ano, com o imposto sobre o tabaco, face a igual período do ano passado. No total, as receitas caíram 164,1 milhões de euros, revelam as contas da execução orçamental divulgada pelo Governo.

O imposto sobre o tabaco rende anualmente mais de mil milhões de euros aos cofres do Estado, que passou a taxar, a partir de 2009, o produto antes da distribuição e venda. É essa a explicação dada pelo Governo para o extraordinário aumento registado nos primeiros quatro meses do ano passado, da ordem dos 178,7 por cento.

As contas do Governo para este ano apontam para um acréscimo de perto de dois por cento, prevendo obter uma receita de cerca de 1350 milhões de euros, de acordo com o Orçamento do Estado.

A carga fiscal sobre o tabaco aproxima-se dos 80 por cento, uma vez que para além do imposto especial (IT) há também a incidência do IVA. Ainda assim uma das recomendações da troika, no memorando de entendimento assinado com o Governo, vai no sentido de aumentar esta tributação.

A redução dos valores do imposto arrecadados prende-se, em grande parte, com a diminuição do consumo. "A crise é transversal a todos os sectores e a diminuição do consumo é um facto", sublinha ao Correio da Manhã Carlos Duarte, da Associação Nacional de Grossistas de Tabaco (ANGT).

Carlos Duarte confirma, por outro lado, a mudança de hábitos de consumo, com a transferência do maço de cigarros para o tabaco de enrolar, mais barato.

No entanto, esta transferência, por si só, também induz uma redução no consumo, garante Carlos Duarte: não é a mesma coisa ter um cigarro pronto ou ter de o fazer, sublinha.

De qualquer forma, a carga fiscal sobre o tabaco de enrolar aproximou-se este ano, com a introdução das alterações previstas no Orçamento do Estado, dos valores que incidem sobre os maços, pelo que, do ponto de vista das receitas fiscais, estas continuam garantidas.

TROCAR MAÇO POR TABACO DE ENROLAR CUSTA METADE

A substituição do maço pelo tabaco de enrolar pode gerar uma poupança da ordem dos 50 por cento. A compra de mortalhas (1,5 euros), tabaco (2,80 euros) e filtros (1,50 euros) permite, em média, fazer 60 cigarros, ou seja, o equivalente a três maços. Cada grupo de vinte cigarros de enrolar custa perto de dois euros, contra os quatro euros da marca mais vendida. Uma poupança significativa mesmo tendo em conta, por uma questão de conforto, o custo de uma máquina de fazer cigarros ( à venda a partir de seis euros).

IN: Correio da Manhã